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Círculo do Graal

“Pensamentos são como sementes deitadas ao solo”

Círculo do Graal

“Pensamentos são como sementes deitadas ao solo”

Sab | 18.05.13

Salvação! Libertação!

 

Salvação! Libertação! Quantas vezes os seres humanos já fizeram uma falsa ideia destas palavras, querendo ver nisso um incondicional auxílio da Luz, com exclusão da sacrossanta Justiça. Jaz nisso uma total confusão, que já hoje se mostra em tudo quanto a mente humana pensa. Querem transformar Deus em seu escravo prestimoso, que apenas deve ser aceito para o bem dos pequenos seres humanos terrenos.

Perguntai-vos a tal respeito, aclarai vossos pensamentos sem atenuações, olhai objetivamente até ao fundo e então acabareis reconhecendo que todo o pensar jamais foi sintonizado de modo diferente, mas sim que Deus, para atender vossos pedidos, sempre deva ajudar servilmente, a fim de que vossos desejos se realizem.

Certamente não dais a isso a designação que caberia ao vosso modo de ser, e sim apresentais com circunlóquios, como sempre, vossa vontade errada, guarnecei-vos com o mantozinho duma humildade aparente e falais apenas em “conceder” em vez de servir, mas isso não altera em nada, que todo o vosso procedimento, mesmo na oração, seja do mal, não podendo agradar a Deus!

 

Sede sinceros ao menos uma vez, finalmente, contra vós mesmos, e tremei ao reconhecer de que forma vos portastes diante do vosso Deus, teimosos, arrogantes, insatisfeitos, hipócritas por superficialidade, só pensando Nele na hora da necessidade e do sofrimento, para que vos tire das consequências de vossas ações, a respeito das quais nunca perguntastes antes se vossas resoluções se incluíam nos moldes de Sua Vontade.

Que sois vós, criaturas humanas, diante da Onipotência e Sublimidade do Senhor, para pretender que Ele se deixe governar assim por vós, conforme vos apraz! Com que presunção quereis impor, à força, aqui na Terra, aquelas leis que vossos cérebros restritos geraram, leis essas em desacordo com as leis Divinas por Ele colocadas na Criação. Conduzis tantas vezes vossa vontade errada com uma astúcia irresponsável e um modo de pensar maldoso perante Deus, lesando assim vosso próximo, a fim de obterdes proveito próprio, quer seja em dinheiro e bens, ou em prestígio junto àqueles para quem o fazeis.

Agora, tudo isso recairá duramente sobre vós, como o peso duma rocha, pois nenhuma de vossas ações erradas pode ser considerada como extinta na lei da reciprocidade, a não ser que vós próprios vos tenhais livrado mediante a mudança de vossa vontade para o bem.

 

Os obstáculos que ainda impedem o resgate de tantas coisas serão arrancados violentamente! Irresistivelmente tudo recai sobre a humanidade terrena, que deseja permanecer na preguiça espiritual e na presunção, para impor sua vontade que desde há muito já se afastou para longe da Vontade de Deus.

Mas isso será o fim do domínio das trevas sobre a Terra! Tal domínio tem de desmoronar, arrastando consigo todos os seres humanos que a ele se associaram.

Porém, no meio dos ruidosos estrondos dos cataclismos vibra a Palavra! Vitoriosamente atravessará os países, para que ainda se possa salvar quem sinceramente se esforçar para tanto.

Nisso jaz a condição de que cada ser humano tem que se esforçar para reconhecer a Palavra do Senhor como salvação! Caso deixe, duvidando, passar essa última oportunidade, sem se aproveitar dela com todas as suas forças, jamais terá diante de si situação igual, e estará eternamente perdido para ele o momento propício de sua salvação.

Salvação, libertação, far-se-á para ele unicamente na Palavra, que tem de acolher, a fim de, vivendo segundo a mesma, libertar-se dos laços que o prendem em baixo, na ignorância e deformação dos conceitos reais.

 

Da pior maneira fostes envenenados e postos em perigo, pela falsa interpretação do Amor de Deus, que procurastes despojar de todo o vigor, de toda a força e clareza, envolvendo-o em moleza doentia e condescendência nociva, o que vos acarretou preguiça espiritual, tendo de precipitar-vos, com isso, na desgraça.

Acautelai-vos com a nociva deformação do conceito do sagrado Amor de Deus! Caireis com isso num entorpecimento agradável a princípio, que se transformará em sono mortal.

Nenhum Amor verdadeiro se encontra na condescendência e na bondade que tudo deve perdoar, mas sim essa ideia errada é como um veneno entorpecente que apenas debilita, cansando os espíritos, e por fim produz a paralisia completa, forçando a morte eterna, uma vez que não haverá possibilidade de se acordar ainda em tempo.

Apenas um frio cortante da Pureza Divina pode traspassar o cansaço e abrir para o verdadeiro Amor o caminho que conduz a vossos espíritos. A Pureza é severa, não conhece paliativos nem mesmo desculpas. Por isso parecerá áspera a muitas pessoas que de bom grado procuram iludir-se. Mas na realidade ela só fere onde algo não estiver em ordem.

A moleza causa danos não somente a vós como também àqueles que julgais agradar com isso. Sereis julgados um dia por um Superior, com uma espécie de Justiça que se tornou estranha a vós, por vossa própria culpa, desde muito tempo, pois vós vos distanciastes dela.

 

É a Justiça de Deus, imutável de eternidade a eternidade, independente da opinião dos seres humanos, e livre de suas simpatias, ódios, maldades e poderes. Ela é onipotente, pois emana de Deus!

Se não empregardes todas as forças para vos libertar de conceitos antigos, não aprendereis a compreender essa Justiça. Tampouco conseguireis tornar-vos novos interiormente! E somente o novo ser humano, que se encontra na Palavra da Vida, ansiando pela Luz, recebe os auxílios de que precisa, para transpor um Juízo de Deus.

O ser humano tem de se ajudar pela Palavra, que lhe mostrará o caminho a tomar! Só assim poderá achar salvação; do contrário, ela não lhe será outorgada! Tem de se robustecer na luta que trava a seu próprio favor, ou então nela perecerá!

Acordai e enfrentai lutando todas as trevas, então vos será proporcionada a força auxiliadora. Já os fracos, porém, perderão tudo o que ainda possuem de força, pois não sabem utilizá-la de modo certo. Ser-lhe-á assim tomado o pouco de que ainda dispõem, porque, na lei de atração da igual espécie, a força flui para aqueles que a utilizam com afinco e de maneira certa. Assim se cumprem as palavras de antiquíssimas promessas.

 

Abdruschin

                        

Dissertação, “Salvação! Libertação!” da obra “Na Luz da Verdade - Mensagem do Graal”, volume I