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Círculo do Graal

“Pensamentos são como sementes deitadas ao solo”

Círculo do Graal

“Pensamentos são como sementes deitadas ao solo”

Sab | 07.12.13

Crença

 

A crença não é conforme a maioria dos assim chamados fiéis a demonstra. A verdadeira crença somente surge quando se inteirou totalmente do conteúdo das Mensagens de Deus, e com isso as transformou em convicção viva e voluntária.

Mensagens de Deus provêm através da Palavra de Deus, bem como através de Sua Criação. Tudo dá testemunho Dele e de Sua Vontade. Tão logo uma pessoa possa vivenciar, conscientemente, todo o evoluir e todo o existir, seu interior intuitivo, pensar e atuar serão uma única e alegre confirmação de Deus.

Silenciará então, não falará muito sobre isso, tornou-se, porém, uma personalidade que com essa adoração silenciosa a Deus, a qual pode ser denominada como confiança em Deus, estará de modo firme e seguro na Criação inteira. Não se entregará a devaneios fantasiosos, não caiará em êxtases, tampouco viverá na Terra apenas no espiritual, mas cumprirá com bom senso e salutar coragem sua obra terrena, aplicando também aí habilmente o raciocínio frio como arma afiada na necessária defesa, em casos de agressão, sem naturalmente tornar-se injusto.

Não deve absolutamente tolerar, calado, quando lhe façam injustiças. Do contrário sustentaria e fortaleceria o mal com isso.

Existem, contudo, muitas criaturas humanas que apenas se imaginam fiéis! Apesar de toda a concordância interior sobre a existência de Deus e de Sua atuação, temem o sorriso dos céticos. É-lhes desagradável e penoso, passam nas conversações por cima disso silenciosamente com expressão diplomática na fisionomia, fazendo constantemente concessões aos céticos, mediante seu comportamento, por causa do embaraço. Isso não é crença, mas mero assentimento interior! Renegam dessa forma, na realidade, a seu Deus, a quem oram às escondidas, esperando Dele, por isso, tudo o que é bom.

A falsa consideração em relação aos céticos não pode ser desculpada com as palavras de que para os “fiéis” o assunto é “demasiadamente sagrado e sério”, para que eles possam querer expô-lo a eventual escárnio. A isso, igualmente, não se pode denominar modéstia, mas somente baixa covardia! Falai finalmente com toda a franqueza, mostrai quem sois! Sem medo diante de cada pessoa, com aquele orgulho que corresponde à filiação de Deus! Só então os céticos, por fim, se verão obrigados a reter seu sarcasmo, que apenas denuncia insegurança. Agora, no entanto, este só está sendo cultivado e nutrido pelo medroso comportamento de tantos “fiéis”.

 

Estas pessoas enganam-se a si mesmas, porque dão à palavra “crença” um sentido muito diferente do que essa palavra requer. A crença precisa ser viva, isto é, deve tornar-se mais do que convicção, tornar-se ação! Tornar-se-á ação logo que tenha traspassado tudo, todo o sentir intuitivo, o pensar e o atuar. Ela deve, partindo de dentro, de maneira discreta, tornar-se palpável e visível, isto é, evidente, em tudo o que faz parte do ser humano. Não se deve usá-la nem como ornamento, nem como escudo; ao contrário, tudo que se torna exteriormente sensível deve resultar exclusivamente da irradiação natural do núcleo interior espiritual.

Popularmente falando, a verdadeira crença deve ser, portanto, uma força que, irradiando do espírito do ser humano, penetra em sua carne e em seu sangue, tornando-se assim uma única evidência natural. Nada de artificial, nada de forçado, nada de aprendido, mas apenas vida.

 

Olhai para muitos fiéis; afirmam eles que creem firmemente na continuação da vida após a morte, aparentemente sintonizam também seus pensamentos nisso. Mas se lhes for dado ensejo de obter uma prova dessa vida do Além, fora da observação quotidiana mais simples, se aterrorizam ou ficam profundamente abalados! Com isso mostram justamente que no fundo não estavam assim tão convencidos da vida do Além, pois do contrário tal prova ocasional devia parecer-lhes absolutamente natural. Não deviam, por conseguinte, nem se assustar, nem se abalar com isso em especial.

Ao lado disso existe ainda inúmeros fenómenos que mostram nitidamente quão poucos crentes são, pois, os assim chamados fiéis. A crença não está viva neles.

 

Abdruschin

                        

Dissertação, “Crença”, da obra “Na Luz da Verdade - Mensagem do Graal”, volume II

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