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Círculo do Graal

“Pensamentos são como sementes deitadas ao solo”

Círculo do Graal

“Pensamentos são como sementes deitadas ao solo”

Qui | 30.05.13

Solenidade da Pomba Sagrada, Renovação de Forças

 

De tempos em tempos, então, no dia da Pomba Sagrada, aparece a Pomba por sobre o cálice, como sinal renovado do imutável Amor Divino do Pai. É a hora da união, que traz a renovação da força. Os guardiões do Graal recebem-na com humilde devoção, estando aptos depois a retransmitir essa força milagrosa recebida.

Disso depende a existência da criação inteira!

É o momento em que no Templo do Santo Graal o Amor do Criador se derrama radiantemente para um novo existir, para novo impulso criador que, descendo, se distribui pelo Universo inteiro em forma de pulsações. Um estremecer transpassa nisso todas as esferas, um tremor sagrado de alegria pressentida, de imensa felicidade. Apenas os espíritos das criaturas humanas terrenas permanecem ainda de lado, sem sentirem intuitivamente o que está acontecendo justamente para eles, quão imensa dádiva broncamente recebem, porque sua autorrestrição no raciocínio não permite mais a compreensão de tal grandeza.

É o momento de aprovisionamento de vida para a Criação inteira!

 

 

É a contínua e indispensável repetição de uma confirmação do pacto que o Criador mantém em relação à Sua obra. Se um dia tal afluxo fosse interrompido, suspenso, tudo quanto existe teria que secar aos poucos, envelhecer e se decompor.

Adviria então o fim de todos os dias e só restaria o próprio Deus, conforme era no começo! Porque unicamente Ele é a Vida.

 

Abdruschin

 

Mensagem do Graal – Dissertação “O Santo Graal “, vol. II

Sab | 25.05.13

A Fala do Senhor

 

É dever sagrado do espírito humano pesquisar por que se encontra na Terra, ou por que motivo vive nesta Criação à qual se encontra ligado por milhares de fios. Nenhum ser humano se tem em conta de tão insignificante, para crer que sua existência fosse sem finalidade, se ele mesmo assim não a tornasse. A tal respeito considera-se ele em todo caso demasiado importante. Entretanto, são apenas poucos os seres humanos que conseguem, penosamente, libertar-se a tal ponto da preguiça de seu espírito, para se ocupar sinceramente em pesquisar qual a sua finalidade na Terra.

E é também somente indolência do espírito que os faz de bom grado adotar doutrinas fixas estabelecidas por outrem. E indolência jaz na tranquilidade de pensar que é grandeza agarrar-se à crença dos pais, sem submeter os pensamentos nela contidos a exame próprio de maneira meticulosa e criteriosa.

Em todas as coisas os seres humanos são apoiados solicitamente por associações calculadoras e egoísticas, as quais acreditam que a expansão do montante dos adeptos seja o melhor caminho para o aumento e a consolidação da influência e com isso o crescimento do poder.

 

Longe se encontra deles o verdadeiro reconhecimento de Deus, pois doutra forma não prenderiam o espírito humano nas cadeias duma doutrina fixa, e sim educariam-no, despertando nele a responsabilidade própria, determinada por Deus, e que condiciona fundamentalmente inteira liberdade às suas resoluções espirituais! Só um espírito livre nisso pode chegar ao verdadeiro reconhecimento de Deus, que nele amadurece para convicção plena, a qual é necessária a cada um que deseja ser erguido às alturas luminosas, pois somente a convicção livre e sincera pode ajudá-lo a tanto.

Vós, seres humanos, porém, o que fizestes! Como tolhestes essa altíssima graça Divina, impedindo criminosamente que ela pudesse desenvolver-se, ajudando todos os seres humanos terrenos a abrir aquele caminho, que os conduz seguramente à paz, à alegria e à mais alta felicidade!

Ponderai: também na opção, no assentimento ou na obediência, que ocorre talvez apenas por hábito, como consequência da preguiça espiritual, ou porque nos outros é usual assim, reside uma resolução pessoal, que para os que assim agem acarreta responsabilidades individuais, de acordo com as leis da Criação!

 

Para aqueles que induzem o espírito humano assim, decorre paralelamente também uma responsabilidade como inevitável e de inexorável consequência. Nem o menor pensamento ou ação podem ser postos de lado, sem consequências de igual espécie da Criação, em cuja contextura os fios se tecem inexoravelmente, tanto para uma pessoa individualmente, como para a coletividade, aguardando os resgates, os quais, por sua vez, terão de ser recebidos finalmente por seus autores, isto é, geradores, seja como sofrimento ou alegria, conforme a maneira com que foram criados outrora, somente aumentados e consequentemente mais robustecidos.

Entre todas as criaturas na Criação só o espírito humano tem livre arbítrio, o qual até hoje ele próprio não pôde esclarecer nem compreender, porque nos limites estreitos do cismar de seu raciocínio não encontrou nenhum ponto de apoio como prova disso.

Seu livre arbítrio jaz somente nas resoluções que em cada hora ele pode tomar inúmeras. Mas ele está sujeito inexoravelmente às consequências de cada uma de suas próprias resoluções, no tecer automático das leis da Criação! Daí decorre sua responsabilidade, que está inseparavelmente ligada à concessão de uma liberdade de vontade na resolução, e a qual foi dada ao espírito humano como algo inseparável e característico.

Do contrário, onde estaria a Justiça Divina que, como apoio, equilíbrio e conservação de todas as atuações criadoras, está firmemente ancorada na Criação?

Ela nem sequer conta, porém, em seus efeitos, somente com o curto espaço de tempo de uma existência terrena do espírito humano, mas sim existem nisso outras condições totalmente diferentes, como os leitores de minha Mensagem sabem.

[…]

Vós, seres humanos terrenos, vos encontrais nesta Criação, a fim de encontrar a felicidade bem-aventurada! Na Fala em que Deus se expressa a vós de modo vivo! E compreender essa Fala, aprendê-la, intuir nela a Vontade de Deus, eis vosso alvo no percurso através da Criação. Na própria Criação a que pertenceis, reside o esclarecimento da finalidade de vossa existência e ao mesmo tempo também o reconhecimento de vosso alvo! De outra forma jamais encontrareis ambos.

Isto exige de vós que vivais a Criação. Vivê-la ou vivenciá-la só o conseguireis, contudo, quando a conhecerdes deveras.

Abro-vos, pois, com a minha Mensagem o Livro da Criação! A Mensagem vos mostra claramente a Fala de Deus na Criação, Fala essa que tendes de aprender a entender, para que possais absorve-la inteiramente.

 

Imaginai por um momento uma criança qualquer na Terra, que não pode compreender o pai ou a mãe, porque nunca aprendeu a língua que lhe é falada. Que seria de uma tal criança?

Ela ignora completamente o que querem dela, e dessa maneira irá caindo de um mal para outro, atraindo sobre si um sofrimento após outro, e acabará talvez inteiramente incapacitada para a finalidade terrena, como também para a alegria terrena.

Não deve cada criança aprender sozinha, por si mesma, a língua de seus pais, para poder vir a ser algo? Ninguém poderá livrá-la desse esforço!

Do contrário andaria sempre desorientada, jamais amadureceria e nunca poderia atuar na Terra, ficando assim um estorvo, um peso para os demais, devendo por fim ser afastada, para não acarretar prejuízos.

 

E vós, aguardais algo diferente?

O inevitável cumprimento de tal dever da criança, tendes vós para com o vosso Deus, logicamente, cuja Fala vós tendes de aprender a entender, tão logo quiserdes Seu auxílio. Entretanto, Deus fala para vós em Sua Criação. Se quiserdes progredir nela, então tendes antes de reconhecer essa Sua Fala. Se negligenciardes isso, sereis afastados dos que conhecem a Fala e que por ela se orientam, pois do contrário ocasionareis danos e estorvos, mesmo involuntariamente!

Portanto, vós tendes de fazer isso! Não vos esqueçais disso, e cuidai para que tal se realize, do contrário estareis indefesos e expostos a tudo o que vos ameaça.

Minha Mensagem será para vós um Guia fiel!

 

Abdruschin

                        

Excerto da Dissertação, “A Fala do Senhor” da obra “Na Luz da Verdade - Mensagem do Graal”, volume I

Sab | 18.05.13

Salvação! Libertação!

 

Salvação! Libertação! Quantas vezes os seres humanos já fizeram uma falsa ideia destas palavras, querendo ver nisso um incondicional auxílio da Luz, com exclusão da sacrossanta Justiça. Jaz nisso uma total confusão, que já hoje se mostra em tudo quanto a mente humana pensa. Querem transformar Deus em seu escravo prestimoso, que apenas deve ser aceito para o bem dos pequenos seres humanos terrenos.

Perguntai-vos a tal respeito, aclarai vossos pensamentos sem atenuações, olhai objetivamente até ao fundo e então acabareis reconhecendo que todo o pensar jamais foi sintonizado de modo diferente, mas sim que Deus, para atender vossos pedidos, sempre deva ajudar servilmente, a fim de que vossos desejos se realizem.

Certamente não dais a isso a designação que caberia ao vosso modo de ser, e sim apresentais com circunlóquios, como sempre, vossa vontade errada, guarnecei-vos com o mantozinho duma humildade aparente e falais apenas em “conceder” em vez de servir, mas isso não altera em nada, que todo o vosso procedimento, mesmo na oração, seja do mal, não podendo agradar a Deus!

 

Sede sinceros ao menos uma vez, finalmente, contra vós mesmos, e tremei ao reconhecer de que forma vos portastes diante do vosso Deus, teimosos, arrogantes, insatisfeitos, hipócritas por superficialidade, só pensando Nele na hora da necessidade e do sofrimento, para que vos tire das consequências de vossas ações, a respeito das quais nunca perguntastes antes se vossas resoluções se incluíam nos moldes de Sua Vontade.

Que sois vós, criaturas humanas, diante da Onipotência e Sublimidade do Senhor, para pretender que Ele se deixe governar assim por vós, conforme vos apraz! Com que presunção quereis impor, à força, aqui na Terra, aquelas leis que vossos cérebros restritos geraram, leis essas em desacordo com as leis Divinas por Ele colocadas na Criação. Conduzis tantas vezes vossa vontade errada com uma astúcia irresponsável e um modo de pensar maldoso perante Deus, lesando assim vosso próximo, a fim de obterdes proveito próprio, quer seja em dinheiro e bens, ou em prestígio junto àqueles para quem o fazeis.

Agora, tudo isso recairá duramente sobre vós, como o peso duma rocha, pois nenhuma de vossas ações erradas pode ser considerada como extinta na lei da reciprocidade, a não ser que vós próprios vos tenhais livrado mediante a mudança de vossa vontade para o bem.

 

Os obstáculos que ainda impedem o resgate de tantas coisas serão arrancados violentamente! Irresistivelmente tudo recai sobre a humanidade terrena, que deseja permanecer na preguiça espiritual e na presunção, para impor sua vontade que desde há muito já se afastou para longe da Vontade de Deus.

Mas isso será o fim do domínio das trevas sobre a Terra! Tal domínio tem de desmoronar, arrastando consigo todos os seres humanos que a ele se associaram.

Porém, no meio dos ruidosos estrondos dos cataclismos vibra a Palavra! Vitoriosamente atravessará os países, para que ainda se possa salvar quem sinceramente se esforçar para tanto.

Nisso jaz a condição de que cada ser humano tem que se esforçar para reconhecer a Palavra do Senhor como salvação! Caso deixe, duvidando, passar essa última oportunidade, sem se aproveitar dela com todas as suas forças, jamais terá diante de si situação igual, e estará eternamente perdido para ele o momento propício de sua salvação.

Salvação, libertação, far-se-á para ele unicamente na Palavra, que tem de acolher, a fim de, vivendo segundo a mesma, libertar-se dos laços que o prendem em baixo, na ignorância e deformação dos conceitos reais.

 

Da pior maneira fostes envenenados e postos em perigo, pela falsa interpretação do Amor de Deus, que procurastes despojar de todo o vigor, de toda a força e clareza, envolvendo-o em moleza doentia e condescendência nociva, o que vos acarretou preguiça espiritual, tendo de precipitar-vos, com isso, na desgraça.

Acautelai-vos com a nociva deformação do conceito do sagrado Amor de Deus! Caireis com isso num entorpecimento agradável a princípio, que se transformará em sono mortal.

Nenhum Amor verdadeiro se encontra na condescendência e na bondade que tudo deve perdoar, mas sim essa ideia errada é como um veneno entorpecente que apenas debilita, cansando os espíritos, e por fim produz a paralisia completa, forçando a morte eterna, uma vez que não haverá possibilidade de se acordar ainda em tempo.

Apenas um frio cortante da Pureza Divina pode traspassar o cansaço e abrir para o verdadeiro Amor o caminho que conduz a vossos espíritos. A Pureza é severa, não conhece paliativos nem mesmo desculpas. Por isso parecerá áspera a muitas pessoas que de bom grado procuram iludir-se. Mas na realidade ela só fere onde algo não estiver em ordem.

A moleza causa danos não somente a vós como também àqueles que julgais agradar com isso. Sereis julgados um dia por um Superior, com uma espécie de Justiça que se tornou estranha a vós, por vossa própria culpa, desde muito tempo, pois vós vos distanciastes dela.

 

É a Justiça de Deus, imutável de eternidade a eternidade, independente da opinião dos seres humanos, e livre de suas simpatias, ódios, maldades e poderes. Ela é onipotente, pois emana de Deus!

Se não empregardes todas as forças para vos libertar de conceitos antigos, não aprendereis a compreender essa Justiça. Tampouco conseguireis tornar-vos novos interiormente! E somente o novo ser humano, que se encontra na Palavra da Vida, ansiando pela Luz, recebe os auxílios de que precisa, para transpor um Juízo de Deus.

O ser humano tem de se ajudar pela Palavra, que lhe mostrará o caminho a tomar! Só assim poderá achar salvação; do contrário, ela não lhe será outorgada! Tem de se robustecer na luta que trava a seu próprio favor, ou então nela perecerá!

Acordai e enfrentai lutando todas as trevas, então vos será proporcionada a força auxiliadora. Já os fracos, porém, perderão tudo o que ainda possuem de força, pois não sabem utilizá-la de modo certo. Ser-lhe-á assim tomado o pouco de que ainda dispõem, porque, na lei de atração da igual espécie, a força flui para aqueles que a utilizam com afinco e de maneira certa. Assim se cumprem as palavras de antiquíssimas promessas.

 

Abdruschin

                        

Dissertação, “Salvação! Libertação!” da obra “Na Luz da Verdade - Mensagem do Graal”, volume I

 

Sab | 11.05.13

O Estranho

 

As trevas pairavam novamente sobre a Terra. Obscureciam triunfantemente os seres humanos, fechando o caminho para o reino espírito-primordial. A Luz de Deus se retirara deles. O corpo que servira para isso, como recetáculo terreno, pendia na cruz sangrando e destruído, como vítima do protesto daqueles a quem quis trazer a felicidade e a santa paz.

No ponto mais alto de toda a Criação, na radiante proximidade de Deus, paira o Supremo Templo do Graal, como Templo da Luz. E lá dominava imensa tristeza por causa dos espíritos humanos desencaminhados nas profundidades, que se fecharam hostilmente à Verdade, pela cega ilusão do querer saber melhor, deixando-se atiçar pelas trevas cheias de ódio e perpetrar até o crime contra o Filho de Deus. Pesadamente se abatia sobre o mundo todo essa maldição assim criada pela humanidade, oprimindo-a numa estreiteza de compreensão ainda maior.

 

Com sério espanto, um jovem contemplava lá do Supremo Templo o ignominioso acontecimento… o futuro Filho do Homem. Já nesse tempo ele estava entregue a seus preparativos que levaram milénios, pois deveria descer bem aparelhado para os baixios onde, por vontade dos seres humanos, as trevas reinavam.

E eis que pousou delicadamente no ombro do jovem absorto a mão de uma mulher. A Rainha da Feminilidade achava-se ao seu lado e falou com afetuosa tristeza:

“Deixa o acontecimento atuar sobre ti, querido filho. Assim é o campo de luta que terás de atravessar na hora da realização, pois a pedido do Salvador assassinado, Deus-Pai concede que tu, antes do Juízo, anuncies mais uma vez Sua Palavra aos renegados, a fim de salvar aqueles que ainda queiram ouvi-la!”

Calado, o jovem baixou a cabeça, pedindo forças em fervorosa oração, pois o eco de tão grande Amor de Deus agitava-se poderosamente nele!

 

Depressa espalhou-se por toda a parte a notícia da nova possibilidade de graça, pela última vez, e muitas almas rogaram a Deus consentimento de poder colaborar na grande obra de salvação de todos quantos ainda quisessem encontrar o caminho para Deus. O Amor de Deus-Pai concedeu a algumas almas tal ensejo, que resultaria em vantagens para sua ascensão. Cheio de gratidão e alegria, o grupo dos assim agraciados fez uma promessa jubilosa de fidelidade para o cumprimento da concedida possibilidade de servir.

Desta forma se constituíram aqueles convocados que deveriam ficar mais tarde à disposição do Enviado de Deus, quando soasse na Terra a hora de sua realização. Com cuidado passaram a ser preparados para essas incumbências e em tempo certo foram encarnados na Terra para aí poderem estar prontos, assim que o chamado lhes fosse dirigido, sendo que seu primeiro cumprimento do dever era estarem atentos a esse chamado.

[…]

 

Abdruschin

                        

Excerto da Dissertação, “O Estranho” da obra “Na Luz da Verdade - Mensagem do Graal”, volume I

 

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