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Círculo do Graal

“Pensamentos são como sementes deitadas ao solo”

Círculo do Graal

“Pensamentos são como sementes deitadas ao solo”

Sab | 27.04.13

O grande Cometa

 

Já há anos vêm os entendidos falando da vinda dessa estrela tão significativa. O número dos que a esperam vai assim aumentando cada vez mais, e mais e mais se vão densificando as alusões a respeito, de maneira que, na realidade, deve estar iminente seu aparecimento. Entretanto, o que ela significa, o que traz, donde vem, ainda não foi esclarecido direito.

Julgam que sua vinda acarretará transformações de caráter incisivo. Contudo, essa estrela significa muito mais.

Estrela de Belém pode ela ser chamada, porque é da mesmíssima espécie daquela. Sua força levanta as águas para grandes alturas, traz catástrofes climáticas e outros fenómenos mais. A Terra treme quando seus raios a envolvem.

Desde o acontecimento em Belém, nada mais ocorreu de semelhante. Tal como a estrela de Belém, também esta se desligou do reino eterno dos espíritos primordiais numa determinada época, a fim de que chegasse a atuar nesta Terra no momento exato em que deverão passar por toda a humanidade os anos de iluminação espiritual.

 

A estrela vem fazendo seu percurso em linha reta desde o reino eterno até esta parte do Universo. Seu núcleo está repleto de elevada força espiritual; envolver-se-á com matéria e desta forma será visível também para os seres humanos terrenos. Seguro e imperturbável, prossegue o cometa em seu rumo e na hora certa estará presente, conforme há milénios já foi determinado.

Os primeiros e imediatos efeitos já principiaram nos últimos anos. Quem não quiser ver e ouvir isto, quem não sentir o ridículo de pretender apresentar tudo quanto já vem acontecendo de extraordinário, como factos comuns, para esse naturalmente toda ajuda é inútil. Ou quer fazer como a avestruz, por medo, ou está sobrecarregado com a pior restrição. A ambas as espécies deve-se deixar seguir seus caminhos sossegadamente, podendo-se apenas dar um sorriso ante suas afirmações de fácil contestação.

 

Aos que entendem, poderia ser dito, outrossim, onde irão bater os primeiros raios fortes. Mas como tais radiações envolverão a Terra toda, pouco a pouco, não há motivo para entrar em maiores explicações a respeito. Decorrerão anos até chegar a esse ponto, e passarão anos até que a Terra torne a ficar livre dessa influência.

Então ela estará purificada e renovada em todos os sentidos, para bênção e alegria de seus habitantes. Nunca foi tão bela como então há-de ficar; por isso deve cada fiel olhar para o futuro com serena confiança, sem se apavorar com o que possa ocorrer nos próximos anos. Se puder volver os olhos para Deus., cheio de confiança, não lhe sobrevirá nenhum sofrimento.

 

Abdruschin

                        

Dissertação, “O Grande Cometa” da obra “Na Luz da Verdade - Mensagem do Graal”, volume I

 

Sab | 20.04.13

Uma palavra necessária

 

Acautela-te, espírito humano, pois tua hora é chegada! Só para maldades te serviste do tempo que te foi outorgado para o desenvolvimento que tanto almejavas!

Acautela-te com a tão atrevida presunção de teu raciocínio que te arremessou nos braços das trevas, que hoje triunfantemente te cravam as garras!

Levanta o olhar! Estás no julgamento Divino!

Despertai e tremei, todos vós que por causa da estreiteza e visão restrita vos aglomerais ao redor do bezerro de ouro das coisas efémeras, como borboletas atraídas por falsos fulgores. Por vossa causa quebrou outrora Moisés, enfurecido e dececionado, as Tábuas das Leis de vosso Deus, destinadas a vos auxiliar na escalada para a Luz.

Esse quebrar foi o símbolo vivo de que a humanidade inteira não merecia conhecer a Vontade de Deus, aquela Vontade que ela repeliu num comportamento frívolo e numa presunção terrena, para dançar ao redor de um ídolo que ela própria fizera e assim dar livre expansão aos desejos próprios!

 

Mas agora se aproxima o fim no último efeito retroativo, as consequências, o revide! Pois nessa Vontade Divina, outrora tão levianamente rejeitada, deveis agora arrebentar-vos!

Aí não adianta mais nenhuma queixa, nenhum pedido, pois durante milénios vos foi dado tempo para reflexão! Mas jamais tivestes tempo para isso! Não quisestes, e ainda hoje vos cuidais demasiado sábios em vossa incorrigível presunção. Não quereis reconhecer que exatamente nisso se mostra a maior estupidez. E assim acabastes transformando-vos neste mundo nos vermes nocivos que outra coisa não sabem fazer senão injuriar com obstinação toda a Luz, porque em vossa teimosia, cavando só nas trevas, perdestes toda a possibilidade de soerguer livremente o olhar no perscrutar, para reconhecer ou suportar a Luz.

Com isso sois agora marcados por vós próprios!

 

Por conseguinte, recuareis cambaleando, ofuscados, tão logo a Luz torne a raiar, e afundareis irremissivelmente no abismo que já se abriu atrás de vós, a fim de tragar os então condenados!

E aí haveis de ficar atados inexoravelmente, para que assim, todos quantos se esforçam por encontrar a Luz possam achar, com reconhecimento bem-aventurado, o caminho livre dos estorvos de vossa presunção e de vossos desejos, que vos levam a aceitar lantejoulas ao invés de ouro puro! Afundai nesse pavor letal que vós próprios preparastes com incrível afinco! Doravante não devereis poder perturbar mais a Verdade Divina!

Como se afoitam os homúnculos por apresentar seu ridículo e aparente saber, trazendo-o para o primeiro plano, perturbando dessa maneira tantas almas que poderiam salvar-se, se não tivessem caído nas garras desses depredadores do espírito que, quais salteadores, espreitam no primeiro lance do caminho, aparentando seguir na mesma direção! Que é, porém, que oferecem realmente? Com grandes gestos e palavras vazias baseiam-se, vaidosos e ostensivos, em tradições cujo verdadeiro sentido nunca compreenderam.

A boca do povo emprega para isso uma boa expressão: Batem palha vazia! Vazia porque não levantaram do chão, concomitantemente, os grãos propriamente, já que para tanto lhes falta a compreensão. Tal estreiteza de compreensão está disseminada por toda a parte; com teimosia bronca repetem frases alheias, já que não podem dar nada de seu.

[…]

E quando, agora, o Juízo amolecer a humanidade, toda ela cairá depressa de joelhos na poeira! Contudo, imaginai já hoje de que maneira ela então se ajoelhará: em todo o seu estado miserável, e ao mesmo tempo ainda arrogantemente, pois novamente apenas lamentando e pedindo que lhe seja dado auxílio!

Que lhes seja retirada a pesada carga com que eles próprios se sobrecarregaram e que os ameaça esmagar! Tais são as suas súplicas! Ouvis bem? Pedem o afastamento do suplício e aí nenhum pensamento pela própria correção interior! Nem sequer um desejo sincero de mudança voluntária da falsa compreensão em que andaram, visando apenas coisas terrenas! Nem a mínima vontade de reconhecer seus erros e faltas de até então, e nem de condessa-las corajosamente.

E quando então o Filho do Homem, na grande aflição, se apresentar entre eles, tratarão logo de estender as mãos para ele, chorando, suplicando, porém, somente na esperança de que os ajude segundo seus desejos, isto é, que suspenda o sofrimento, conduzindo-os a uma nova vida!

Ele, porém, repelirá a maior parte desses pedintes como vermes venenosos! Pois todos esses que aí estão suplicando, depois de um tal auxílio, logo tornariam a cair em seus antigos erros, envenenando o ambiente. Ele acolherá somente aqueles que lhe pedirem forças, a fim de se erguerem finalmente para uma contínua melhora; aqueles que se esforçarem, cheios de humildade, para afastar a teimosia até então mantida, e saudarem alegremente a Palavra da Verdade que promana da Luz como salvação!

 

Uma compreensão da Mensagem do Graal, bem como, antes, da Mensagem do Filho de Deus, só lhes será possível, quando atirarem para o lado tudo quanto o espírito humano construiu por meio de sua compreensão vaidosa, e recomeçarem tudo desde o princípio! Têm, antes, que se tornar como as crianças! Uma transferência, saindo dos erros de até agora, é impossível. Faz-se mister formar tudo de novo, desde a base, crescendo e se fortalecendo pela simplicidade e humildade.

Se os seres humanos fossem ajudados de acordo com o que pedem na hora do perigo e da aflição, tudo seria depressa esquecido outra vez, assim que lhes fosse tirado o temor. Sem escrúpulos, em sua incompreensão, novamente começariam a criticar em vez de ponderar com acerto.

Uma tal perda de tempo será inteiramente impossível no futuro, pois a existência desta parte do mundo está correndo para o seu final. Para cada espírito humano significa agora: ou uma coisa – ou outra! Salvação dos emaranhados por ele criados ou sucumbir neles!

A escolha é livre. Mas as consequências da resolução são decisivas e imutáveis!

Como libertados de uma grande pressão, os salvos então respirarão e jubilarão, tão logo as trevas imundas e repelentes forem finalmente açoitadas pelos golpes de espada da Luz e atiradas às profundezas que lhes competem, junto com as criaturas que a elas quiserem apegar-se!

Então a Terra ficará purificada de todos os pensamentos pestíferos, reerguendo-se virginalmente, e a paz florescerá para todas as criaturas humanas!

 

Abdruschin

                        

Excerto da Dissertação, “Uma palavra necessária” da obra “Na Luz da Verdade - Mensagem do Graal”, volume I

 

Sab | 13.04.13

O Reino de Mil Anos

 

Lendariamente flutua ele no pensamento de muitos seres humanos que se acham a par da promessa, todavia vago, sem forma, porque ninguém sabe fazer uma ideia real dele!

O Reino de Mil Anos! Pretensos conhecedores sempre de novo se empenharam em apresentar um esclarecimento sobre a maneira de efetivação da grande época de paz e alegria que aí deve existir. Nunca conseguiram, porém, uma aproximação da verdade! Todos andaram errados, porque nisso reservaram aos seres humanos um papel demasiadamente preponderante, como sempre acontece com tudo quanto as criaturas humanas pensam. Deixaram valer, além disso, as conceções anteriores, edificaram por cima delas, e por essa razão cada uma dessas edificações tinha de ser considerada já de antemão como errada, não importando como era constituída.

 

E depois o ser humano se esqueceu do essencial! Ele não contou com a condição igualmente prometida, de que antes do reino de paz de mil anos, tudo tem que se tornar novo no Juízo! Esta é a condição básica indispensável para o novo reino. No solo existente até agora ele não pode ser levantado! Antes, tudo o que é velho tem que se tornar novo primeiro!

Isto não significa, porém, que o que é velho tenha de se refortificar, na mesma forma de até então, mas sim a expressão “novo” condiciona uma transformação, uma transmutação do velho!

Em seu cismar o ser humano deixou de refletir sobre isto, nunca progredindo por essa razão em sua imaginação.

O que mais tem que se modificar antes no julgamento é o próprio ser humano, pois foi só ele que trouxe a confusão à Criação posterior. Dele decorreu, por seu querer erróneo, a desgraça no mundo.

 

A beleza, a pureza e a saúde originais, que sempre são a consequência duma vibração nas leis primordiais da Criação, foram se deformando e adulterando pouco a pouco, através do querer erróneo desta humanidade. Só puderam formar-se ainda caricaturas nesse desenvolvimento ininterrupto, em vez de amadurecer sadio em direção à perfeição!

 

Imaginai, pois, o oleiro sentado diante do torno e da argila, que em sua flexibilidade se deixa plasmar em todas as formas. O torno, porém, não é movido pelo próprio oleiro, e sim por uma correia de transmissão que, por sua vez, a força da máquina não deixa parar.

Mediante a pressão do dedo conforma-se então a argila em contínua rotação, rotação que a pedra executa tendo a argila em cima. De acordo, porém, com a pressão do dedo, assim se vai plasmando a forma, que pode sair bonita, feia, horrível.

De idêntica maneira age também o espírito do ser humano neste mundo, da Criação posterior. Ele exerce a direção segundo a sua vontade, isto é, a pressão, como espírito sobre parte do enteal, que forma a matéria fina e também a grosseira. O enteal é para o espírito o dedo que exerce a pressão, conforme sua vontade. A argila é a matéria fina e a matéria grosseira, todavia o movimento, que se dá independentemente do espírito humano, são os movimentos automáticos das leis primordiais da Criação, semelhantes a correntes, que impelem ininterruptamente para o desenvolvimento tudo o que o ser humano forma com a sua vontade.

 

Assim a vontade do espírito humano é responsável por muita coisa que se desenvolve na Criação posterior, pois ele exerce como espírito a pressão que determina a espécie da forma. Nada pode ele querer sem simultaneamente formar! Seja lá o que for! Por isso nunca pode se subtrair também à responsabilidade por tudo quanto tem formado. O seu querer, o seu pensar e o seu agir! Tudo toma forma na engrenagem deste mundo. Que o ser humano não o soubesse ou mesmo não quisesse saber, fica por sua conta, é sua culpa. Sua ignorância não altera o efeito.

Assim, mediante seu querer erróneo, sua obstinação e sua presunção, reteve não somente todo e qualquer desabrochar verdadeiro, como estragou a Criação posterior e, em lugar de agir beneficamente, só o fez de modo nocivo!

Advertências através de profetas, através do próprio Filho de Deus, foram insuficientes para modificá-lo, a fim de tomar o caminho certo! Não quis e nutria cada vez mais sua presunção de dominador do mundo, na qual já se ocultava o germe de sua ruína imprescindível, que cresceu com a presunção, que preparou as catástrofes que então terão de desencadear-se segundo as leis sempiternas da Criação, as quais o ser humano deixou de reconhecer, impedido por sua presunção senhoril.

 

Os horrores vindouros têm sua causa apenas na deformação das leis primordiais Divinas através do querer erróneo desses espíritos humanos na Criação posterior! Pois esse querer erróneo levou todas as correntes de força, que atuam automaticamente, para a confusão. Mas seu curso não pode ser alterado impunemente, uma vez que elas, assim emaranhadas e enredadas, depois se soltam em dado tempo violentamente. O desligar e o desemaranhar mostram-se nos efeitos a que chamamos catástrofes. Pouco importando se ocorrem em organizações estatais, em famílias, em pessoas individualmente ou povos inteiros, ou em forças da natureza.

Assim se desmorona por si mesmo tudo quanto é errado, julgando-se pela força que há nas correntes e que foram conduzidas erradamente pela presunção da humanidade, de modo diferente do que o desejado por Deus, pois essas correntes podem produzir somente bênçãos, quando andam por aqueles caminhos que lhes são previstos pelas leis primordiais, isto é, que foram determinados pelo Criador. Nunca de outra forma.

 

Por isso o fim poderia também ser previsto há milhares de anos, porque com a sintonização erradamente pretendida do ser humano, outra coisa nem podia suceder, visto que os efeitos finais de todos os fenómenos permanecem sempre ligados rigorosamente às leis primordiais.

Já que os espíritos humanos demonstraram absoluta incapacidade de reconhecer sua tarefa nesta Criação, pois eles próprios deram prova de não querer de modo algum executá-la, desdenhando-a e interpretando mal todas as advertências de enviados e de profetas, até mesmo a do próprio Filho de Deus, cunhando sua hostilidade através da crucificação, intervém Deus agora violentamente.

 

Por isso o Reino de Mil Anos!

 

Somente com violência pode ainda ser ajudada a Criação posterior, bem como a humanidade, que provou que com vontade livre nunca se decidiu a tomar o caminho certo que deve trilhar na Criação, a fim de nisso estar conforme a Vontade de Deus, atuando beneficamente como aquela criatura, que ela realmente é, por ser espiritual.

Por esse motivo ficará a humanidade agora no Juízo sem direitos, será deserdada por um tempo do direito mantido até agora, de com a sua vontade humana dominar, dirigindo e formando esta Criação posterior! Deserdada por mil anos, para que finalmente possa haver paz e esforços em direção à Luz, segundo as leis primordiais na Criação, contra as quais até agora o ser humano se colocou hostilmente.

A possibilidade e a garantia do reino de paz há muito almejado é dada, portanto, pela deserdação de todos os atuais direitos da humanidade na Criação posterior! Assim se encontra o ser humano diante de seu Deus! Disso deve ele agora prestar contas. Este é o sentido e a necessidade do Reino de Mil Anos de Deus aqui na Terra. Uma triste verdade que mais vergonhosa não podia ser para esta humanidade! Mas… é o único auxílio.

 

Assim, o Reino de Mil Anos será uma escola para a humanidade, onde deverá aprender como tem de se portar nesta Criação posterior, de que maneira pensar e agir, para cumprir corretamente a missão que lhe compete e assim ser feliz!

Para tal finalidade, fica a vontade humana, em sua função dominadora, impedida na Criação posterior por mil anos, depois que no julgamento for destruído o que ela semeou e conduziu erroneamente!

Durante mil anos imperará somente a Vontade de Deus, a que todo o espírito humano tem de se sujeitar, assim que conseguir passar no Juízo!

Caso advenha depois ainda uma falha, como até agora, então a humanidade tem de contar com a aniquilação total!

Assim é o Reino de Mil Anos e sua finalidade! A humanidade, em sua presunção e na ilusão de sua importância, imaginou isso de forma muito diferente. Mas aprenderá e terá de vivenciar como é realmente!

Também nisso reside apenas uma graça de Deus para ajudar aqueles cuja vontade é realmente pura!

 

Abdruschin

                        

Dissertação, “O Reino de Mil Anos”, da obra “Na Luz da Verdade - Mensagem do Graal”, volume I

Sab | 06.04.13

O Livro da Vida

 

Assim como a escuridão cobriu o Gólgota quando Jesus, a Luz viva, deixou esta Terra, assim ela se estende agora sobre a humanidade, trazendo-lhe de volta o grande sofrimento que ela causou ao Amor de Deus, com a maneira cruel do ardiloso raciocínio, incapaz da mínima vibração intuitiva, e que, como o mais forte instrumento de Lúcifer, era sagrada para vós!

Procurai, pois, agora, seres humanos, se puderdes, proteger-vos da ira sacrossanta de Deus com o vosso raciocínio! Defendei-vos contra a Onipotência Daquele que magnanimamente vos entregou esta parte da Criação para usufruto, mas que devastastes e sujastes como uma estrebaria de animais sem trato, a ponto de aí só poderem habitar o sofrimento e a miséria, porque ante vosso comportamento errado e vosso querer tenebroso, toda a paz e alegria fogem, toda a pureza se esconde horrorizada.

 

Procurai esconder-vos da indesviável Justiça de Deus! Ela vos atinge por toda a parte, executando inexoravelmente a Vontade Divina, sem perdoar algo da tremenda culpa com que vos sobrecarregastes por presunção e teimosia.

Sois julgados antes mesmo que possais balbuciar uma única palavra de desculpa, e de nada vos valem todos os rogos, todas as súplicas, todas as blasfémias ou imprecações, pois empregastes e dilapidastes imperdoavelmente o ultimo prazo destinado ao exame de consciência e conversão, cuidando apenas de vossos vícios!

Não vos digo isso como advertência, pois para tanto já é demasiado tarde. Longe estou de continuar a advertir, como tenho feito há anos. Deveis apenas refletir nisso no vivenciar vindouro! Por isso digo mais uma vez o que esse tempo contém para vós. Talvez o saber disso vos alivie em muitos sofrimentos, mesmo que isso nada mais possa evitar.

 

Sabeis que é o resgate da culpa que vós próprios pusestes voluntariamente sobre os ombros, pois ninguém a isso vos obrigou. Se, mediante minhas palavras, puderdes em vosso sofrimento alcançar o reconhecimento e assim renascer em vós o anseio pela Luz e pela pureza, que se objetiva por um pedido cheio de humildade, então mesmo afundando, ainda poderá existir salvação para vós, sim, porque o Amor de Deus permanece vigilante.

Então podereis ver também a nova vida que o Senhor só outorgará àqueles que de bom grado vibram nas sagradas leis da Sua Criação, que conservam a Sua Casa, da qual sois apenas hóspedes, livre de todas as ações hostis à Luz e que, por sua vez, não devastem criminosamente os belos jardins em cujo esplendor e pureza eles devem continuamente se alegrar, para nisso se fortalecer.

Ó cegos, porque não quereis despertar! De tanta coisa grave poderíeis poupar-vos. Dessa forma, porém, todo vosso ser terá de envolver-se em escuros véus de profunda melancolia, donde somente através dos relâmpagos fulminantes da sagrada ira de Deus vos podem advir ainda libertação e salvação!

 

E essa ira irromperá sobre vós com inimaginado poder no sagrado Juízo!

O Juízo, porém, é diferente do que pensais. Sabeis da existência de um Livro da Vida, que pelo Juiz Deus em determinada hora será aberto para cada um!

O Livro da Vida mostra os nomes de todas as criaturas que chegaram à vida, e nada mais.

As folhas escritas, porém, que constituem esse grande Livro da Vida, que mostram o pró e o contra de cada pensamento e de todas as ações de cada um isoladamente, são as próprias almas, onde está impresso tudo quanto elas vivenciaram e executaram no decorrer de sua existência.

Nisso, fácil é ao Juiz ler claramente todos os prós e contras. Quanto a essa leitura, pensais também erroneamente. Também isso é muito mais simples do que procurais imaginar.

O Juiz não faz cada alma isoladamente caminhar até diante Dele, até diante de Seu trono, e sim envia em missão de Deus seus golpes de espada pelo Universo! Os golpes de espada são irradiações que emanam, atingindo tudo na Criação.

Reconhecei a grande simplicidade e a surpreendente naturalidade! O Juiz não envia os raios a este ou aquele, consciente ou deliberadamente, não, simplesmente os emite por ordem sagrada de Deus, pois é a força de Deus, nada mais poderia atuar dessa maneira senão a Sua sacrossanta Vontade!

[…]

Através da Mensagem do Graal, contudo, progride vosso saber sobre a atuação na Criação, podendo por isso sempre vos ser dito algo mais, pois hoje, devido à minha Mensagem, já podeis compreender.

Os golpes de espada do Derradeiro Dia investem como fortes irradiações de Luz em direção à Criação e fluem através de todos os canais já formados mediante os efeitos automáticos das leis Divinas na Criação e constituídos por todo o sentir intuitivo, pensar, querer e também atuar dos seres humanos, como pontos de partida.

Por isso os raios julgadores serão dirigidos através desses canais já existentes com incontestável segurança a todas as almas, produzindo lá seus efeitos de acordo com o estado da respetiva alma, todavia, tão aceleradamente, que toda a sua existência será trazida em poucos meses para o último círculo de remate de toda a atuação de até então, soerguendo essas almas ou derrocando-as, vivificando-as e fortalecendo-as ou destruindo-as, de acordo com o estado real!

Assim é o Juízo! Hoje podereis através da Mensagem compreender o fenómeno descrito.

Antes não o teríeis podido compreender, e por isso tudo teve que ser anunciado em simples imagens, correspondendo mais ou menos ao funcionamento do processo.

E esses golpes do Juízo Final já estão a caminho de vós, a caminho de cada um na Criação, não importando se está ou não com seu corpo terreno.

Os primeiros já vos atingiram e assim revive tudo quanto ainda pende em vossas almas.

Mas também os últimos golpes, que trazem aniquilação ou elevação, são enviados com severidade dominadora, para consumar a purificação desta Terra! Já estão se arremessando sobre a humanidade e nada consegue em parte alguma detê-los. Na hora exatamente determinada por Deus será a humanidade atingida de maneira inexorável, porém justa!

 

Abdruschin

                        

Excerto da Dissertação, “O Livro da Vida”, da obra “Na Luz da Verdade - Mensagem do Graal”, volume I