Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Círculo do Graal

“Pensamentos são como sementes deitadas ao solo”

Círculo do Graal

“Pensamentos são como sementes deitadas ao solo”

Sab | 11.09.10

Crença

João, 8-45;47

“Quem de entre vós me convence de pecado? E, se vos digo a verdade, porque não credes? Quem é de Deus escuta as palavras de Deus; por isso vós não as escutais, porque não sois de Deus.”

Jesus

A crença não é conforme a maioria dos assim chamados fiéis a demonstra. A verdadeira fé surge somente quando se tem inteirado totalmente do conteúdo das Mensagens de Deus, e com isso as tornado em convicção viva e voluntária. Mensagens de Deus promanam da Palavra de Deus, bem como de Sua Criação. Tudo dá testemunho Dele e de Sua Vontade. Tão logo uma pessoa possa vivenciar conscientemente, todo o evoluir e o ser, seu sentir intuitivo, pensar e actuar serão uma única e alegre confirmação de Deus. Silenciará então, não falará muito sobre isso, tornou-se uma personalidade que com essa adoração silenciosa a Deus, a qual pode ser denominada como confiança em Deus, estará de modo firme e certo na criação inteira. Não se entregará a devaneios fantasiosos, não caiará em êxtases, tampouco na Terra, viverá apenas no espiritual, mas cumprirá com bom senso e salutar coragem sua obra terrena, aplicando também aí habilmente o frio intelecto como arma afiada na necessária defesa em casos de agressão sem naturalmente tornar-se injusto. Não deve absolutamente tolerar, calado, quando lhe façam injustiças. Do contrário com isso sustentaria e fortaleceria o mal.

Existem, contudo, muitas criaturas humanas que apenas se cuidam fiéis! Apesar de todo o admitir interior sobre a existência de Deus e de Seu actuar, temem o sorriso dos cépticos. É-lhes desagradável e penoso, passam nas conversações por cima disso silenciosamente com diplomática expressão fisionómica fazendo constantemente concessões aos cépticos, mediante seu comportamento, por causa do embaraço. Isso não é fé mas mero assentimento interior! Renegam dessa forma, na realidade, a seu Deus, a quem oram às escondidas esperando d´Ele por isso tudo o que é bom. A falsa consideração em face aos cépticos não pode ser desculpada com as palavras de que para os “fiéis” o assunto é “demasiadamente sagrado e sério”, para que eles possam querer expô-lo a eventual escárnio. A isto, igualmente, não se pode denominar por qualquer modéstia, mas apenas baixa covardia! Falai finalmente com toda a franqueza, de que espírito, filhos, sois vós! Sem medo diante de cada pessoa, com aquele orgulho que pertence a qualidade de ser infante de Deus! Só então, os cépticos por fim se verão obrigados a reter o seu sarcasmo, que apenas denuncia incerteza. Agora, no entanto, este só está sendo cultivado e nutrido pelo medroso comportamento de tantos “fiéis”. Estas pessoas enganam-se a si mesmas porque dão à palavra “crença” um sentido muito outro, do que essa palavra requer. A crença precisa ser viva., isto é, deve tornar-se mais do que convicção, tornar-se acção! Tendo se tornado acção logo que tenha penetrado tudo, todo o sentir intuitivo, o pensar e o actuar. Ela deve, partindo de dentro, tornar-se de modo não importuno, sensível e visível em tudo que faz parte do ser humano, isto é, em evidência. Não se deve usá-la quer como boneco, quer como escudo; ao contrário tudo que se torna exteriormente sensível deve resultar exclusivamente em irradiação natural do núcleo interior espiritual. Popularmente falando, a verdadeira crença deve ser portanto uma força que, irradiando do espírito do ser humano, penetra em sua carne e em seu sangue, tornando-se assim uma única evidência natural. Nada de artificial, nada de forçado nada de aprendido, mas apenas vida.

Olhai para muitos fiéis; afirmam eles que crêem firmemente na continuação da vida após a morte, aparentemente sintonizam também seus pensamentos sobre isso. Mas se lhes for dado ensejo de obter uma prova dessa vida do além fora da observação quotidiana mais simples, se aterrorizam ou ficam profundamente abalados! Com isso mostram contudo que no fundo não estavam assim tão convencidos da vida além; pois, do contrário, tal prova ocasional devia parecer-lhes absolutamente natural. Não deviam, por conseguinte, nem atemorizar-se, nem abalar-se sobre isso em especial. Ao lado deste, existem ainda inúmeros fenómenos que mostram abertamente quão poucos crentes são pois os assim chamados fiéis. A crença não está viva neles.

Abdruschin

 

Dissertação, Crença, da obra “Mensagem do Graal” Na Luz da verdade, volume II.